Plano Metropolitano do Rio realiza último Grupo de Discussão
O último Grupo de Discussão (GD) do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, realizado no dia 15 de dezembro, no Palácio Guanabara, reuniu mais de 100 especialistas, técnicos, sociedade civil e instituições, além de membros do Consórcio Quanta Lerner e da Câmara Metropolitana.
As conclusões do diagnóstico e as premissas para uma visão de futuro foram apresentadas pelo diretor do projeto do Consórcio Quanta-Lerner, Cid Blanco, a partir de uma representação gráfica com as cinco macrozonas em que a região foi dividida para receber as propostas do PDUI.
“Os vários encontros setoriais que tivemos até agora foram muito importantes, um processo valioso e produtivo que nos deu um caminho para a metodologia deste plano. Destaco que a experiência da participação da sociedade civil foi muito rica e extremamente importante, por estarmos num processo único, sem receitas prontas ou até mesmo exemplos a seguir. Somos o primeiro PDUI participativo em elaboração do país, pós Estatuto das Metrópoles”, afirmou o diretor.
Macrozonas
Pela divisão em macrozonas, compõem a área Nordeste da Região Metropolitana do Rio de Janeiro as cidades de Guapimirim, Cachoeiras de Macacu, Rio Bonito, Tanguá e a maior parte de Magé. Já a Leste comporta Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá. O Norte ficou representado pela Baixada Fluminense, com os municípios de São João de Meriti, Nilópolis, Duque de Caxias, Belford Roxo, Mesquita, parte de Nova Iguaçu e de Magé, e ainda a Zona Norte do Rio de Janeiro. O Oeste compreende um pedaço de Nova Iguaçu, Itaguaí, Japeri, Queimados, Paracambi, Seropédica e parte da Zona Oeste do Rio. Por fim, a região chamada de Hipercentro refere-se ao Centro e Zona Sul da capital.
Para os especialistas do Consórcio Quanta-Lerner, esse recorte do território permite uma melhor organização das propostas, mas não impede que diversos eixos se sobreponham. Ou seja, que as regiões tenham intensa ligação entre si e interatividade. Há temas como gestão, habitação e saneamento que são mais abrangentes, o que requer estratégias para toda a Região Metropolitana.
A proposta setorial se baseia no potencial mais marcante de cada região. No Nordeste, por exemplo, que tem uma área predominantemente rural, as recomendações dão mais destaque à segurança hídrica e alimentar e ao turismo sustentável. Já na área Oeste, o Porto de Itaguaí é o principal elemento de desenvolvimento da região, o que demanda uma melhor interligação entre as centralidades já existentes e o porto em si. São ideias como essas que foram apresentadas ao público do último GD, como um resumo das principais recomendações do Plano Metropolitano. Outras estarão detalhadas no Produto 9, que levará em conta as críticas e sugestões dadas pelos participantes durante a reunião.
“Nosso objetivo foi dividir os resultados e fazer um fechamento conjunto dos grupos de discussão, em que tivemos períodos bastante ricos com a participação da sociedade civil, governo, universidades e entidades, em um ambiente de reflexão conjunta, articulada, que inaugura uma nova forma de olhar e de buscar soluções para essa região que é tão heterogênea”, disse Vicente Loureiro, diretor-executivo da Câmara Metropolitana.
O ano de 2017 trará uma etapa decisiva, com um trabalho importante de esclarecimento e de engajamento junto aos novos prefeitos eleitos. “Teremos que construir um ambiente propício, de confiança e garantir que o trabalho realizado até aqui e o de gestão, capacitação e governança sejam bem feitos para que este trabalho tenha continuidade”, resumiu Loureiro.
Estiveram presentes:
- Universidades como UFRJ, PUC-Rio, UFF e UFRGS
- Prefeituras de Duque de Caxias, Magé, São João de Meriti, Queimados, Nova Iguaçu, Mesquita, Guapimirim e Niterói e de órgãos da Prefeitura do Rio de Janeiro (como SMU, SEPLAG)
- Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/ RJ)
- Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro (SEAERJ)
- Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB/ BR)
- Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (SENGE/ RJ)
- Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio de Janeiro (ITERJ)
- Secretarias do Estado (SETRANS, SEGOV, SEFAZ)
- Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada Fluminense (CISBAF)
- Subsecretaria de Obras Civis e Programas Especiais (SEOBRAS)
- Instituições como INEA e IBAM
- Associação Ecológica Ecomarapendi
- Comitê da Bacia Hidrográfica do Guandu
- Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC)
- RioTrilhos, OAB/RJ
- AmbientaRio
- PROURB/UFRJ
- Observatório das Metrópoles
- Companhia Docas do Rio de Janeiro, entre outros.